Após seis meses de greve, a mais longa da história dos metroviários, motivada pela intransigência e marcada por ataques da direção do Metrô e do GDF a essas lutadoras e lutadores, a Justiça do Trabalho determinou em sentença normativa o fim da greve bem como o retorno do pagamento do auxílio-alimentação e demais direitos aos trabalhadores. Todavia, em clara atitude de perseguição antissindical, a direção do Metrô/GDF deixou de fora da folha de pagamento de salários e vale-alimentação apenas os trabalhadores que estão na diretoria do Sindicato da categoria. E para tentar inviabilizar o funcionamento do Sindicato, a direção da Metrô também não faz o repasse das mensalidades sindicais dos filiados, recurso que mantém a instituição. São absurdas e desumanas as práticas do GDF e da direção do Metrô contra a forte e aguerrida categoria metroviária e seu Sindicato, com o claro objetivo de destruir os direitos dos trabalhadores e seus instrumentos de luta, a fim de facilitar a privatização desse importante serviço público que é o Metrô/DF. Vale lembrar que o serviço prestado pela categoria metroviária tem um índice de satisfação de 81,7% dos usuários. Por outro lado, o transporte coletivo do DF, privatizado há anos, segue entre os piores e mais caros do país e é essa mesma lógica defendida pelo atual governo para o Metrô/DF – favorecer interesses de grandes grupos privados com altos lucros, mas com um caro e péssimo serviço, em detrimento dos interesses da população do Distrito Federal. Dessa forma, a categoria de saneamento do Distrito Federal reforça a solidariedade às trabalhadoras e aos trabalhadores do Metrô-DF nessa luta que certamente continuará e repudia as práticas antissindicais da direção do Metrô/GDF.
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